terça-feira, 6 de novembro de 2012

Histórias do Rio Antigo


Rua Sete de Setembro esquina com Avenida Rio Branco no início da década de 1960. O bonde 66 (Tijuca) está prestes a cruzar a Rio Branco. À esquerda ficava a loja dos classificados do Jornal do Brasil. Já à direita, a loja de brinquedos A Feira de Leipzig, esquina com a Rua Rodrigo Silva (atual Casa do Pão de Queijo).


Cartola aborrecido por sua casa na Mangueira ter virado ponto turístico e com uma situação financeira melhor, em 1978 adquiriu uma casa na Edgar Werneck.


Tim Maia. Em 1973. Por Paulo Salomão. Fonte: Ronaldo Evangelista.


Praticada por negros de diversas origens africanas, a capoeira não era proibida no início do século 19. A elite carioca, entretanto, se sentia ameaçada pela presença marcante dos capoeiristas (ou "capoeiras") nas ruas.


Enquanto as gangues de lutadores usavam sua arte marcial para disputar território e se defender da polícia, os brancos assistiam a essa agitação temendo que os escravos resolvessem se rebelar para valer. 


A maioria dos escravos urbanos tinha como rotina fazer compras em armazéns e quitandas, livrar-se do lixo e, principalmente, trazer água limpa para uso doméstico. As fontes da cidade estavam sempre rodeadas de gente. O maior reservatório público ficava no largo da Carioca. Seu chafariz, construído em 1723 (e demolido em 1925), assistiu a exibições dos capoeiras.

Em poucos anos de Império, a arbitrariedade na aplicação das penas aos capoeiras parecia sem limite. O forro Manoel Crioulo, por exemplo, foi sentenciado a dois anos de trabalhos em obras públicas e mandado ao Arsenal da Marinha em 14 de maio de 1827, por ter dado "uma bofetada de mão aberta". Mas, mesmo sendo considerados marginais e desordeiros pelo Estado, os capoeiras acabaram sendo solicitados para, quem diria, manter a ordem. Em junho de 1828, as tropas estrangeiras do Exército Imperial, formadas principalmente por irlandeses e alemães, ameaçaram um levante militar por conta do atraso no pagamento de seus soldos. Armados, com o apoio das autoridades, escravos e capoeiras formaram milícias e conseguiram conter a agitação dos mercenários amotinados. Foi uma demonstração de poder e tanto.

Nem mesmo a abolição da escravidão e a proclamação da República serviram para acabar com a repressão contra os capoeiras. Em 11 de outubro de 1890, foi promulgado o código penal do novo regime. Em seu artigo 402, ficou estabelecida uma pena de dois a seis meses de prisão para quem praticasse a arte marcial nas ruas. Para os chefes das maltas, essa punição seria aplicada em dobro, enquanto os reincidentes poderiam ficar presos por até três anos. A capoeira, finalmente, havia se tornado crime, para o alívio da elite que vivera amedrontada por quase um século.
Fonte: Abadá-Capoeira Fronteira.








Ilha Fiscal na Baía da Guanabara. Foto de Marc Ferrez. Em 1885. Fonte: Semióticas.











Construção dos primeiros barracos - 1906. Época do Pereira Passos.









Superlotação em um dos cortiços fotografados por Marc Ferrez em 1906. Fonte: CECIERJ.


Construção do Cristo Redentor
Antes da inauguração da estátua, em 12 de outubro de 1931
Fotografia de Augusto Malta


Centro - Lapa 
1912
Fotografia de Augusto Malta


Saguão de entrada do Palácio Monroe. Linda decoração.


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