Endereço:
Av. Rio Branco, 199 - Centro (Cinelândia), Rio de Janeiro, RJ - Cep: 20.040-008.
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Telefone:
(21) 2219-8474 - Fax: (21) 2262-6067
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Facebook: www.facebook.com/mnba.mnba
Visitação:
Terça a sexta-feira das 10 às 18 horas;
sábados, domingos e feriados das 12 às 17 horas.
Terça a sexta-feira das 10 às 18 horas;
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HISTÓRIA
Embora o museu tenha sido criado oficialmente
apenas em 13 de janeiro de 1937 - e inaugurado em 19 de agosto de 1938 - sua história é bem mais antiga, e remonta à chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em1808, já que Dom João VI se fez acompanhar de um conjunto de
obras de arte, algumas das quais permaneceram no país depois de seu retorno à
Europa e figuram como o núcleo inicial da coleção.
Por outro lado, alguns anos depois de sua
chegada ao Brasil o rei fundou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, que a princípio funcionou em um prédio
próprio construído por Grandjean de
Montigny,
um dos integrantes da Missão Francesa e professor da escola, e inaugurado
em 1826 pelo imperador Dom Pedro I, ocasião em que a instituição passou a ser
chamada de Academia
Imperial de Belas Artes. Com o passar dos anos a Academia Imperial formou uma
significativa pinacoteca e uma gliptoteca, e com o advento da República, a academia foi
rebatizada como Escola
Nacional de Belas Artes. Permaneceu no mesmo edifício até a construção de sua sede atual
na Avenida Rio
Branco,
antiga Avenida Central, artéria aberta na gestão de Pereira
Passos durante
uma grande reforma urbanística promovida no centro da cidade do Rio de
Janeiro no
início do século XX.
O autor do projeto foi o arquiteto
espanhol Adolfo Morales de los Rios, que tomou como modelo o Museu do Louvre, em Paris, mas durante a construção o desenho seria alterado, possivelmente por Rodolfo
Bernardelli, então diretor da escola, e mais tarde Archimedes Memoria acrescentou outras mudanças. O resultado
é uma construção eclética, com fachadas em diferentes estilos. A fachada
principal na Avenida Rio Branco é inspirada na Renascença francesa, com frontões, colunatas e
relevos em terracota representando as grandes civilizações da antigüidade, além
de medalhões pintados por Henrique
Bernardelli com retratos dos integrantes da Missão Francesa e outros artistas
brasileiros. As laterais são mais simples, e fazem referência à Renascença
italiana; possuem mosaicos parisienses com figuras de arquitetos, pintores e
teóricos da arte, como Vasari, Vitrúvio e Da Vinci. A fachada posterior é um exemplo mais puro e
austero do Neoclassicismo, com relevos ornamentais de Edward Cadwell Spruce. Na decoração interna foram usados materiais
nobres como mármores e mosaicos, estuques, cristais, cerâmicas francesas e
estatuária. O edifício foi tombado pelo IPHAN em 24 de maio de1973.
Finalizada a grande obra, e aberta ao público
em 1908, procedeu-se à transferência das instalações
da Escola Nacional para lá. O acervo da pinacoteca foi instalado no terceiro
pavimento, a coleção de cópias de estatuária clássica usada para estudo
encontrou espaços no segundo piso, com uma museografia especialmente concebida
para dar-lhes destaque, e os ateliers das aulas práticas e a
administração da escola ficaram no quarto andar. Em 1931 a Escola Nacional foi incorporada
à Universidade
do Rio de Janeiro, encerrando sua história como instituição independente.
Com a criação do Museu Nacional de Belas Artes
em 1937 pelo ministro Gustavo Capanema, houve mudanças. A coleção da Escola Nacional
passou a constituir o acervo do museu, e os ateliers e setores
administrativos permaneceram no prédio, mas entre as décadas de 1950 e 1970
alguns cursos foram sendo transferidos para outros locais, enquanto a escola
mudava novamente de nome, agora se chamando Escola de Belas Artes. Em 1975 as aulas que ainda funcionavam no prédio
do museu foram transferidas para uma sede na Ilha do Fundão, projetada por Jorge Moreira em arquitetura moderna, onde continuam
até hoje suas atividades. Na transferência, o acervo que antes era comum a
ambas as instituições - museu e escola - foi dividido. A maior parte da coleção
artística permaneceu no Museu Nacional, mas outra parte, principalmente de
documentos e de obras de arte didáticas ou produzidas em atividades
pedagógicas, e a Coleção Jeronymo Ferreira das Neves, doada à Escola de
Belas Artes em 1947, seguiram com ela, passando a constituir
o Museu Dom João VI. Com a saída definitiva da escola do prédio
do museu os espaços abertos foram ocupados pela FUNARTE.
Na década de 1980 o edifício estava em estado de completo
abandono, com sérios problemas estruturais que ameaçavam as coleções, o que
também afugentou o público. Então foram realizadas diversas reformas
importantes para modernizar os equipamentos expositivos e reformular a
museografia, mas preservou-se na íntegra seu estilo e decoração, que
recuperaram seu esplendor original. Em meados dos anos 90 a FUNARTE desocupou as alas onde
funcionava e enfim o Museu Nacional pôde dispor integralmente de seu edifício.
Hoje, plenamente recuperado e com equipamentos atualizados, o Museu Nacional de
Belas Artes é o mais importante museu de arte brasileira do século XIX, um dos
museus brasileiros mais afamados internacionalmente, e um dos maiores em seu
gênero em toda a América do Sul.
Possui mais de 6.733,84 m² de áreas de
exposição, com 1.797,32 m² de reservas técnicas. Além dos espaços de exposição
e setores administrativos, o museu possui um Departamento de Conservação e
Restauração, com laboratórios para trabalhos de pintura e papel,
as Reservas Técnicas e a Oficina de Molduras e Gesso.
Sua Biblioteca é especializada em artes plásticas
dos séculos XIX e XX, reunindo obras raras e coleções
de periódicos, monografias e catálogos de exposições, além de documentos e fotografias que registram a história da instituição
desde a Academia Imperial de Belas Artes, incluindo acervos pessoais de alguns artistas.
Também organiza projetos para implementar
ações educacionais voltadas para o público em geral e, em especial, para
professores, no sentido de proporcionar maior divulgação e entendimento do
patrimônio cultural brasileiro em exposição permanente e temporária